sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

John está certo.

"Nunca ignore alguém que te ama e se importa com você. Porque um dia você pode perceber que perdeu a lua enquanto contava as estrelas." John O'callaghan
John está certo, não adianta correr atrás de quem não te quer, se essa pessoa não te quer não adianta insistir. Só vai doer cada vez mais e você nunca vai sair desse círculo vicioso. Eu já presenciei isso e sei como doi, mas também vi que se você descobrir as estrelas as seu redor isso pode ficar muito menos doloroso. Eu quero contar essa história.

Lisa era novata no colégio, conhecia poucas pessoas na sala, mas logo fez amigos. Como era inteligente, também fez alguns inimigos, mas precisamente um: Martin. Ele era o seu terror, o motivo de muitas noites de choro, a má vontade em se dedicar aos estudos, mas ela não desistiu. Foi em frente e sempre teve coragem - ou pelo menos, fingiu ter - para enfrentá-lo. Porém, quanto mais ela o enfrentava, mas ele a amedrontava.
Contudo tinha uma coisa estranha acontecendo, por mais que ele a machucasse, ela não conseguia odiá-lo, pelo contrário, ela se admirava com os trabalhos dele, apesar de fazer de tudo para superá-lo, sempre ficava feliz pelo desempenho dele. Suas amigas também não gostavam muito dele, mas ela fazia de tudo para se aproximar dos amigos dele, que eram bem mais compreensíveis e legais. Com o tempo e a forte competição entre os dois, os colegas de sala começaram a falar que eles seriam um ótimo casal. Foi aí que ela percebeu que ela estava apaixonada pelo Martin. Perdidamente apaixonada.
Com o passar dos meses e anos, ela ficava cada vez mais apaixonada por ele e também acha que o mesmo acontecia com ele. Até o dia em que ele pegou pesado e disse que 'se ela fosse a única mulher do mundo, preferia virar gay'. Aquilo foi um choque, um golpe mortal, uma faca cravada em seu peito. Isso a magoou tanto que ela começou a se entristecer de uma maneira que não havia como esconder. Lisa se fechou pro mundo de uma forma que não havia nada que a animasse de volta.
Nesse cenário todo, havia um personagem que não era desconhecido de ninguém, mas aos olhos da Lisa era invisível, porque em sua vista só havia o Martin, mesmo ele a magoando. O personagem era o Chris, grande amigo de Martin e também da Lisa. Chris estava a par de tudo, então ver a Lisa naquele estado era horrível, porque ninguém sabia, mas ele a amava em segredo. Até o dia em que ele se declarou.
 - Lisa, preciso falar com você. Pode ser agora?
 - Pode, não tou fazendo nada mesmo.
 - Eu não vejo a hora de lhe dizer aquilo tudo que eu decorei.
 - Sério? Você decorou? Deve ser muito importante.
 - É a conversa que eu quero ter com você a meses.
Naquele dia, Lisa encontrou sua lua, depois de tanto contar as estrelas.


Os nomes são fictícios, mas a história é verdadeira. No final, não deu certo o lance entre a Lisa e o Chris, mas eles viveram bons momentos juntos. Hoje eu tou inaugurando uma seção no blog, a Young Connection. Ela só vai ter histórias baseadas em fatos reais, dos meus amigos, familiares e até minhas.
 O tema do Bloinquês essa semana caiu como uma luva pra mim, o difícil mesmo foi ter coragem para publicar isso.
Beijos, Tay!

Nenhum comentário: